terça-feira, 29 de setembro de 2009
Sobre estar só.
Meu pés descalços queimam no asfalto.
E queimam sós, e velhos.
Eu imaginei que fosse, e na verdade até sabia que era, tirei o maior proveito que pude durante esse curto período de "nao sei o que", e mesmo, e ainda assim me entristeço e lamento o fim. Ou o "resfriamento" do que estava acontecendo.
Não minto, estava preparada, por isso admiti.
Me sinto assim denovo. Vejo o movimento, vejo o mundo voar ao meu lado, e eu fazendo um esforço surreal para consegui, lentamente tirar as minhas raízes do chão e me mover. Tentar acompanhar o ritmo. As pessoas se mexem, falam, brigam, riem. E eu. Eu nao me interesso por nada disso. Eu nao quero conversar, nao quero rir nem chorar. Mas me diz então, porque me incomoda ver as pessoas interagindo sem mim ?
Sonhei. Sonhei com isso que sonho todos os dias. Acordada. Dormindo. Trabalhando. Comendo. Lembrando.
Os pés estão sós, e todos muito atolados.
Eu também posso dizer o inverso. As pessoas estão atoladas, e eu levitando.
Mas qualquer uma das formar mostra bem que eu sou o vinagre balsamico num corpo de azeite. Uma gota separada e misturada.
Os pés, denovo. Gosto que eles fiquem velhos e remendados, com sola fina...Mas quem se importa..são sempre fases.
Fases
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