segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Não preciso mais procurar ou esperar.
Tem outras cores,
outro cheiro (inebriante, diga-se de passagem),
outra 'tez'tura,
outro sono,
outro encontro,
outras noites,
outros números,
mais vontade,
mais música...


terça-feira, 25 de setembro de 2012

...


Ainda hoje eu fico me perguntando, sempre em silencio, se eu errei.
Fico inventando mil justificativas para que o conforto venha, e dentre elas, fico imaginando qual justificaria. Eu nao encontro.
Fico pensando qual parte, qual dia, qual frase foi uma mentira, fico tentando te livrar de uma atuação para me livrar da dor, fico procurando faiscas pra alimentar a raiva que me sustentou, assim, nos minimos detalhes, fico querendo te achar idiota por ter revelado nossas conversas confidenciais e 2 seg dps eu te amo por ser idiota. E daí então tudo volta. Um ciclo de sentimentos que se alimentam, uma indiferença imposta e obedecida. Hoje eu estou muito longe do desespero, é só um nada que toma conta dos espaços.

Brena M. Martins

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um ponto.

Eu não estou escrevendo para te ‘esculhambar’, eu não te darei esse luxo, mas muito menos para ser legal.
Eu ainda tenho muita palavra engasgada aqui, e você lendo ou não, não fará diferença,
minha intenção é só expor.
Olha, quem quer ficar só não transa na noite anterior, não manda sms de bom dia, não comemora estar junto no almoço, não anseia pelo fim da tarde, não faz compras de alimentos não pereciveis, não planeja comprar uma maquina de lavar para uma futura casa, não programa ir num show na próxima semana. Quem quer ficar só (ou acompanhado por outro alguém) não pensa, não deixa objetos, não deixa assuntos.
Você foi leviana, covarde e fraca. Cedeu a misericórdia. As minhas investidas foram de/por amor, nunca te quis por piedade, nem por chantagem emocional, nem por você ter medo que eu fumasse até ter um efisema pulmonar.
Eu não tenho mais vontade, nem motivação para estar atras de você novamente.
O que eu tiver que construir depois disso, será para mim.
Eu não sou brincadeira para uma mulher de 32 anos que não sabe como agir numa situação de confusão sentimental, que cede a pressão, que acima de tudo, precisou apenas comprovar para ela mesma que não sentia mais algo por alguém, independente das consequencias que essas atitudes traria na vida desse alguém.
Mas as consequencias vem pra todos. Se eu to colhendo frutos de algo que plantei no seu coração, se a semente que eu coloquei ai acertou na terra seca, você também me deixou uma semente, uma semente ruim que caiu em terra fertil.
Todos os meus ‘amigos’ (nem sei se posso chama-los assim), conjecturam na minha ausencia, falando sobre o meu ego, e os meus caprichos. Se em algum momento a opinião deles, e não a sua, importasse pra mim, nada disso teria acontecido. Mas eu queria mostrar pra você, te mostrar por a + b que eu queria, poderia e iria te fazer feliz.
Mas isso passou do limite da minha mansidão, passou da minha paciencia, da minha tolerância.
Você é previsível, e eu imagino os comentarios que faz, baseando-me nos que você fez para mim. Só não se esqueça que somos pessoas que recebem informações de formas diferente, e eu não quero nem pensar em me sentir mais exposta do que eu fui por você.
Por mais que, agora, eu tenha raiva e nojo, eu não te desejo mal, eu desejo apenas que você não me alcance.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vai



Quer ir? Vai. Eu não vou segurar. Uma coisa que não dá certo é segurar uma pessoa contra a vontade, apelar pro lado emocional. De um jeito ou de outro isso vira contra a gente mais tarde: não fui porque você não deixou, ou: não fui porque você chorou. Sabe, existem umas harmonias em que é bom a gente não mexer. Estraga a música. Tem a hora dos violinos e tem a hora dos tambores.
Eu compreendo, compreendo perfeitamente. Olha, e até admito: você muda pra melhor. Fora de brincadeira, acho mesmo. Eu sei das minhas limitações, pensei muito nisso quando tava tentando te entender. É, é um defeito meu, considerar as pessoas em primeiro lugar. Concordo. Mas não tem mais jeito, eu sou assim. Paciência.
Sabe por que eu digo que você muda pra melhor? Ele faz tanta coisa melhor do que eu! Verdade. Tanta coisa que eu não aprendi por falta de tempo, de oportunidade - ora, pra que ficar me justificando? Não aprendi por falta de jeito, de talento, essa é que é a verdade. Eu sei ver as qualidades de uma pessoa, mesmo quando é um homem que vai roubar minha namorada. Roubar não: ganhar.
Compara. Ele dança muito bem, até chama a atenção. Campeão de natação, anda de bicicleta como um acrobata de circo, é bom de moto, sabe atirar, é fera no volante, caça e acha, monta a cavalo, mete o braço, pesca, veleja, mergulha... Não tem companhia melhor.
Eu danço mal, você sabe. Não consegui ultrapassar aquela fronteira larga entre a timidez e a ousadia, entre a discrição e o exibicionismo, que separa o mau e o bom bailarinos. Nunca fui muito além daquela fase em que uma amiga compadecida precisava sussurrar no meu ouvido: dois pra lá, dois pra cá.
Atravessar uma piscina eu atravesso, uma vez, duas talvez, mas três? Menino de cidade, e modesto, não tive córrego nem piscina. É com olhos invejosos que eu o vejo na água, afiado como se tivesse escamas. Moto? Meu Deus, quem sou eu. Pra ser bom nisso é preciso ter aquele ar de quem vai passar roncando na frente ou por cima de todo mundo - e esse ar ele tem.
O jeito como ele dirige um carro é humilhante. Já viajei com ele, encolhido e maravilhado. Você conhece o jeitão, essa coisa da velocidade. Não vou ter nunca aquela noção de tempo, a decisão, o domínio que ele tem. Cada um na sua. Eu troquei a volúpia de chegar rapidinho pelo prazer de estar a caminho. No amor também.
Aí é que eu tou perdido mesmo, no capítulo da coragem. Ele faz e acontece, já vi. Mas eu? Quantas vezes já levei desaforo pra casa. Levei e levo. Se um cachorro late pra mim na rua, vou lá e mordo ele? Eu não. Mudo de calçada.
Vai. Olha, não quero dizer que o que eu vou falar agora tenha importância pra você, que possa ter influído na sua decisão, mas ele tem mais dinheiro também, você sabe. Ele tem até, sabe?, aquele ar corajoso dos ricos, aquela confiança de entrar nos lugares. Eu não. Muito cristal me intimida. Os meus lugares são uns escondidos onde o garçom é amigo, o dono me confessa segredos, o cozinheiro acena lá do quadradinho e me reserva o melhor naco. É mais caloroso, mas não compensa o brilho, de jeito nenhum.
Ele é moderno, decidido. Num restaurante não te oferece primeiro a cadeira, não observa se você tá servida, não oferece mais vinho. Combina, não é?, com um tipo de feminismo. A mulher que se sente, peça o que quiser, sirva-se, chame o garçom quando precisar. Também não procura saber se você tá satisfeita. Eu sei que é assim que se usa agora. Até no amor. Já eu sou meio antigo, ultrapassado, gosto de umas cortesias.
Também não vou dizer que ele é melhor do que eu em tudo. Isso não. Eu sei por exemplo uns poemas de cor. Li alguns livros, sei fazer papagaio de papel, posso cozinhar uns dois ou três pratos com categoria, tenho certa paciência pra ouvir, sei uma ótima massagem pra dor nas costas, mastigo de boca fechada, levo jeito com crianças, conheço umas orquídeas, tenho facilidade pra descobrir onde colocar umas carícias, minhas camisas são lindas, sei umas coisas de cinema, não bato em mulher.
E não sou rancoroso. Leva a chave para o caso de querer voltar.

Ivan Angelo

Little Joy







"Como se morrer fosse desaguar,
derramar no céu, se purificar a deixar pra trás sair e minerais,
 evaporar"

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Do ser humano

Hum...
Quero muito expor esses pensamentos e sentimentos que estão aqui.
Estou re-conhecendo alguém. Que eu já amei a carne, já odiei o coração.
E é com uma imensa satisfação que eu venho falar disso.
Falar de humano para humano, da sensação afetiva mais terna que eu senti.
Despretensiosa (e não to falando da despretensão galante), desinteressada.
De uma admiração pelas respostas das perguntas curiosas.
De me sentir intimamente tocada pelas palavras Divinas que ela, discretamente, proferiu.
Por vê-la, também desinteressada de qualquer outro sentido ou sentimento, que antes, mesmo compromissada, pairavam, sujos no ar.
Por assumir um compromisso maior, que vai muito além do que eu posso compreender.
E sem que ela seja melhor que outras pessoas, vejo-a num estado humana e humildemente superior.
Nesse momento, me agrada muito a ideia de tê-la por perto, com a voz homo sapiens  dizendo algo sobre Ele, sem deixar de falar e se importar com o 'nós'.
Não sei se você é uma exceção ou uma divisão ou...não sei, mas me quebrou um tabu, uma limitação e um preconceito.
Bem vinda assim, como você escolheu (ou foi escolhida) ser.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Das paixões instantâneas.

Será a época ? A década ? O novo Millennium ?
Estou ficando com medo de ir ao G Barbosa, e na sessão de macarrão instantâneo, encontrar um embalagem com a frase "Paixão instantânea, o seu amor em 3 min".
Gente, o que está acontecendo com todo mundo ? (me incluo nisso)
Necessidade urgente de ser feliz é uma explicação sensata. Andamos tão corridos, atarefados, trabalhos, faculdades, limpeza da casa, contas...sobra pouco tempo, e é justo que nesse pouco tempo necessitamos de  'ser feliz'.
Pra quem trabalha, estuda, se cuida, cuida da casa, do carro, o que falta para ser feliz é alguém. Que esteja esperando em casa, para comer junto, para conversar e contar todas as derrotas e vitórias diárias, pra apertar e se doar, no inverno e no verão. Para se sentir humano, humanizado.
Agora, só ser feliz não basta. É preciso mostrar, expor, gritar para o mundo (e agora isso é literal, com a ajuda da internet) que você ama, o quanto ama, e o melhor de tudo: o quanto você é amado !
Todo mundo vê, todo mundo curte, todo mundo apoia e tudo é lindo! E nesses 3 minutos, todas as pessoas são as melhores, todas as noites são acompanhadas, todas as refeições semanais são saudosas, todas as ligações são únicas, todos os assuntos interessantes, todos os programas são incríveis, todos os parentes fascinantes...
Depois dos 3 min, o macarrão gruda. Eu sei, já fiz assim.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cansei.
Cansei de procurar notícias suas.
Cansei de dormir com o celular nas mãos.
Cansei de não dormir.
Cansei de beber.
Cansei de me maltratar.
Cansei de verter água com sal.
Cansei de te difamar.
Cansei de me sentir fraca.
Cansei de cansar os meus amigos.
Cansei de mensagens sem resposta.
Cansei de ser a quem escolheu.
Cansei de doer.

Sound track : "Quando cansei de esperar você - Roberta Sá"

sábado, 14 de julho de 2012

"Essa não é mais uma carta de amor"



Desculpe usar o seu e-mail de trabalho, mas esse eu tenho certeza que você verá, e é menos provável que seja em algum momento 'inconveniente'.
Então, farei agora o que eu acho mais justo nesse momento: falar de mim para você, sobre o que compete ao que existia de 'nós'.
Para começar, sobre a blusinha azul com os bichinhos lindos. O que aconteceu foi a ausência de bem estar cada vez que eu olhava para aquela coisinha. Na verdade, era uma ausência de tudo, e por isso eu resolvi devolve-la, e por bem pouco a minha indelicadeza não ultrapassou o limite do bom senso fazendo com que eu devolvesse outras coisas, enfim...
Naturalmente, eu me faço mil perguntas, sobre tudo, sobre o que se passa com você, como divergimos tanto em nossos interesses, como algumas coisas podem ter se tornado tão diferentes, mas, essencialmente sobre o que se passa comigo.
Óbvio que eu não irei revelar o teor dessas perguntas (e algumas afirmações ), elas irão parecer muito mais ridículas do que já são.
Em alguma mensagem de texto no celular, eu li uma breve análise sua sobre a minha pessoa, e dizia algo mais ou menos assim: "é natural que esteja assim, isso é porque surgiu uma outra pessoa..." Perdoe-me a (talvez) grosseria, mas e dispenso esse tipo de leitura.
As coisas se enrolaram na minha cabeça por outra visão de um mesmo motivo. Você viu um abandono, e eu vi um prelúdio.
E então as coisas caíram por terra, por baixo da terra, numa quarta feira, fatídica quarta feira. E daí por diante, uma avalanche de felicidade, de felicidade urgente, me era posta a frente. E eu me desfiz de você, em seguida me desfiz de todos.
E nesse momento eu quis mais, eu quis saber mais, e me arrisquei numa pergunta dolorosa, até por já saber a resposta, foi quando, em meio a tanta fragilidade eu me rendi e te procurei, numa pergunta descabida e talvez boba. E nessa hora eu me desfiz de mim, me desfiz em mim e no fim do dia já não havia mais nada. Não tinha sobrado nada para uma ligação, ou para uma conversa amigável no msn com qualquer ser vivente do planeta. Você povoa todas as minhas lembranças recentes, os filmes, as músicas, a minha cozinha, o cheiro, o meu sobrinho, o seus sobrinhos, a garupa da moto, o supermercado, a internet, as irritações, os medos, angustias, alívios e todas as arrastadas 24 horas que longos dias tem.
Eu sei que você está feliz, e não tenho nenhuma intenção de estragar isso, sua felicidade é merecida e eu tenho consciência de que eu não te fiz feliz. 
Sobre falar com você, definitivamente eu não posso, não tenho condições psicológicas para ser sua conhecida, ou qualquer coisa sinônima a isso.
Eu não queria que você se desse ao trabalho nem de pensar em responder esse e-mail, eu não estou pronta para ouvir alguma coisa que eu não queria ouvir, e ultimamente não ando querendo ouvir quase nada, a não ser o riso rasgado de um bebê gordinho. 
Isso não foi uma romântica carta de amor, e eu lamento por isso, mas foi o mais honesto que eu consegui.
Se na nossa alegria você não conseguia ver o meu amor por você, talvez no meu sofrimento você acredite que ele existe.
Pra você todas as músicas dos dias todos, todas as digitais ao bater o ponto e todos o resto do mundo.

Brena Mayhana Martins Silva
  

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Da esquizofrenia em ser especial.

Todos temos precedentes, temos um histórico.
Informações fisiológicas em hospitais, acadêmicas em escolas e assim seguem as burocracias.
O currículo moral, na sociedade.
(quero apenas expor minhas idéias, sem a obrigação de parecer conexa)
Cada um tem seu curriculo moral, normalmente guardado para a sociedade, para a arte da sedução, para expor o intelecto, enfim, para razões sociais, sejam elas vaidosas ou não, e é sobre isso que eu quero falar.
Um relacionamento tem partida com o tal "curriculo". 'Fulana, ex de Beltrana, que trabalha na empresa X e agora está solteira, pessoa ótima'. 'Beltrana? essa é uma escrota, todo mundo sabe, que não quer nada da vida.'
Os meus pareceres sobre esses dois perfis não são isentos de dor, mas são simples.

Beltrana - a escrota conhecida: Acho um perfil incrível. É inegavel que os atos se repetirão, não criamos nossos "curriculos" a toa, então, qual será a surpresa em ser sacaniado por essa pessoa? Desde sempre se sabe dos comportamentos, porque achar que faz diferença na vida das pessoas? Não faz, ninguém faz, porque nós somos o que somo, e só somos diferentes enquanto tudo ainda parece interessante, quando acaba o enigma, voltamos a nós e tudo se repete. Sendo assim, com toda essa limpidez, não existem razoes cabíveis para um julgamento, sequer uma punição. Quem paga pra ver, tem que aceitar a condição.

Fulana - a sonsa: Ai reside o grande perigo. A boa, fiel, leal e todas as outras qualidades que tornam os defeitos meros detalhes esquecidos. E tudo é perfeito, é um milagre.
É essa a chave da loucura, porque alguma coisa acontece, e acontece com você, e isso te torna especial, afinal, se não foi assim antes, porque agora? E tudo começa a parecer uma mania de perseguição, uma esquizofrenia, porque a atitude (que só você viu) não combina com o perfil, e as pessoas te acham louca, e você começa a repensar em que momento pode ter causado tamanho descompasso no outro, para que ele perdesse a compostura, quase desacreditando da verdade que se conhece no próprio íntimo. E então, o "sonso" te corrompe, te penetra e enlouquece, através do perfil, e dos defensores do perfil, de quem não o viu e quem o ouve.

Não estou especificando nada no texto. Em um planeta com 7 bilhões de habitantes, certamente não estamos presos apenas a 2 perfis, e não é da minha vontade escrever sobre todos os que eu penso que existam, eu seria impessoal demais e causaria desconforto inclusive a mim mesma.
Não estou defendendo os escrotos. Eles causam estragos como qualquer um, os bons ou ruins...
Não estou me mascarando, nem me entregando, o que dá saber, como eu já falei, é que as coisas são o que são, e que mudamos de acordo ao nosso interesse, não há muito a fazer sobre. A vida é um ciclo, e tudo volta ao lugar de partida para partir novamente, não necessariamente para ser diferente.

domingo, 1 de julho de 2012


"help, i need somebody...."
Poucos dias atras, acabei um relacionamento de longa data.Por vezes foi doentio, foi um vício mas também não posso negar o bem que me fez, os laços que eu fiz atravéz dele, dos amigos que ficaram, das pessoas que eu descobri.Depois do rompimento, tenho me portado de forma natural, não o procuro mais, nem para uma simples informação, de forma lenta vou me desintoxicando, livre de tudo que não me interessa, das coisas que não me importam, mas que como em qualquer relacionamento, acabamos ficando ligada aos interesses alheios.Me sinto bem, não estou "amputada", nem sangrando. Isso não é resultado de uma falta de amor, é resultado do meu esforço em me manter ocupada. Em procurar os que a muito se foram, em me desvincular do que me ligava a ele, e como eu o fiz o meu mundo, pensei de ser torturante. Está sendo leve, excluindo os momentos, os lapsos de insanidade, mas esses tem durado muito pouco.Eu rompi, cortei, ignorei. Aniquilei a minha relação com ele, com o Facebook.Meu único vínculo virtual agora é apenas informativo e poético.Aos mais chegados, o recurso do celular é o bastante.Assim, livre da vida alheia, e livrando a minha dos olhares, me sinto caindo docemente no esquecimento da massa, para ser tão mais viva nos olhos dos meu reais.Para conversas intimistas, até a madrugada, num quarto acolhedor.Para vê-la comemorar cada bola derrubada na caçapa.Para reclamar do frio que faz na rua.Para, num dia de sol ir até a UESB, pensando em quantas fotos eu poderia tirar.Para tirar e por os óculos de sol, só pra sacar como fica diferente a cor do céu.Para marcar encontros, e ir a eles.Para me ater às pessoas, e não a imagem que eu crio lendo elas se auto descreverem.Hoje eu prefiro vozes, cheiros, textura, gostos. E aos que possam imaginar que isso tudo não passa de solidão, de "oquidão", não é!É doçura em estar consigo mesmo. É ternura por si só. E é bom.Eu não nego a necessidade, inclusive fisiológica, de um outro exemplar da minha espécie, mas é preciso estar preparada para "se receber" e me parece mais correto e justo "se experimentar", sem fazer de ninguém um erro, sem tornar o outro, mais um engano. Posso não estar certa, como em outros momentos eu não estive, no entanto, eu ando dispensando previsões.Sem mais.

domingo, 3 de junho de 2012

"Não, não haveria possibilidade de não querê-la violentamente naquele dia. O sol conspirou a seu favor e ela conseguia se mostrar imperfeitamente humana. Existia uma graciosidade desde momentos antes, uma conspiração quase que maligna – se não fosse um prenúncio de amor. Desde então, todas as suas conjecturas, todas as suas complexidades, aquela gana de sentir algo por alguém apenas para manter-se viva poeticamente canalizaram para um só ser. Não, não a achava linda como deveria, não a queria perfeita, como demonstraria, existia uma incompatibilidade de gênios, inclusive; uma, centrada, a outra doidivanas. Elas se sabiam existir em mundos paralelos e queriam, por certo, mais adrenalina em suas vidas... mas pareciam calmas e serenas, o que ficava marcado eram as entrelinhas. Elas se liam nas entrelinhas e nenhuma ousou falar do dentro da outra. O dentro era repleto de complicações que, talvez elas mesmas faziam crescer. Mas isso, realmente não importa, o que vai ser dito é o que não podemos esperar de algo esperado e edificado sem o consentimento do verbo. O que vai a ser dito é, na verdade, a transmutação consciente de um sentimento sem dono. A gente não ama alguém, a gente ama a nossa forma de amar alguém. E foi assim que ela se fez de vez.
As coisas não podiam ser diferentes, existia música, ritmo e um sentimento latente que pulsava gritando seu nome. Não, não haveria possibilidade de não querê-la pacificamente. A música era lenta e o batimento acelerado, cada madrugada era uma expectativa boa de ser acordada já com uma música tema, “um sinal de que seria assim” e que não haveria possibilidade de não entrar de cabeça naqueles olhos puxados. Elas se sabiam existir de forma nova e já utilizada, ela era um produto meio que aberto e danificado, já a outra sentia-se casta e inebriadamente seduzida... o que a fazia temer.
Ela era o prenúncio do por-do-sol, a sensação lânguida de um sentimento pungente e já bem definido. A gente não precisa de tempo para saber o que é amar – é um estado de graça e contemplação, é perder horas sorrindo no trabalho mais enfadonho e sorrir, e cantar e voltar para casa andando só para que a conversa não acabasse nunca. Ela era a caminhada no início e no findar do dia, ela era a definição da complicação criada para entender que não haveria possibilidade de não se apaixonar por aquele ser tão imperfeito. A outra nunca a desejou e jamais sentiu que haveria possibilidade disso lhe acontecer. A outra moldava sua forma de sentir e nunca deixou-se envolver sem que tivesse poder absoluto sobre os passos dos seus sentimentos. Porém, com ela, não houve poligamia de amor. A sensação era de que sua alma havia sido sorvida de modo que ela co-habitaria no mesmo espaço que a outra."
L.R

E eu estou tomando sopa, ouvindo Vermelho -  Marcelo Camelo e leio esse texto. E preciso deixar a sopa, desligar o som e submergir na leitura. A leitura das entrelinhas, perigosa como uma ogiva. Entalo. Releio, pausadamente, abrindo cada palavra em pedacinhos que ficam suspensos pelo ar. Forçando o desentendimento para ser despretensiosa. Para engolir mais uma vez a sensação torturante da dúvida, que tem se feito mais cruel e duradoura do que o habitual. Talvez se tivesse lido num outro dia, ou numa outra hora desse dia de hoje, configurasse a intenção de forma diferente. Os ventos trazem informações que, por vezes, eu nem gostaria de sabe-las, e vai mesclando em mim o que sinto, o que acho, o que ouço, os concelhos, as loucuras, enfim, me deixa sem ermo, me faz pairar, tremer e no ápice, faz chorar. Queria dizer que é um choro inocente, puro, mas se parece mais com uma ansia, "uma ansia vermelha, adoçada com meu de abelha, de uma doçura que chega a ser cruel". Só agora parei para me perguntar porque eu nunca questionei o que realmente me interessava, deixando de fora as amenidades, os contratempos e todo o resto. Eu me perguntei, e no mesmo fundo que eu fantasio uma realidade desejada, eu sei a resposta da minha pergunta.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sobre incoerência.

Tanto porque para alguém tão tão coerente, coesa.
Mas porque ?
Tudo aconteceu de tal forma que até me perguntar porque foi um tanto trabalhoso.
E depois se formaram tantas respostas.
Foi por bem, foi por mal.
Foi loucura.
Foi capricho.
Não foi briga, não foi bom.
Eu cansei de pensar, de fazer conjecturas, de especular.
Só não consegui deixar de me sentir um capricho alheio.
Um brinquedo feio. (só porque: se rima é porque é verdade)
E esse sentimento é um ciclo de ações.
Sentir, pensar, questionar.
Sentir, pensar, questionar.
Por vezes, entristecer.
Só quero que passe logo, porque preciso me livrar do tóxico, do lixo sentimental.
Quanto mais velhos ficamos, menos ganhamos.

domingo, 20 de maio de 2012

Sobre evidência

Estou literalmente ebulindo. Coloquei as minhas melhores músicas para tocar, não para me inspirar, mas para externar. Gostaria muito que minha escrita fosse perfeita hoje. Que traduzisse as peculiaridades das minhas sensações. Talvez, erroneamente, eu classifique como a loucura mais consciente que já senti até então. Mas vamos lá, repetir, relembrar, ressentir. Minha consciência me mostra cada detalhe, cada construção que faço, delicada, engenhosamente. Perfeita. Para que não doa, que não faça doer. Tem dado certo, mas claro que isso tudo é uma bobagem. A desconstrução é iminente. É assombrosa. Eu me visto de Harry, para que ninguém machuque o Gray que eu sou.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Daqui a um mês.

Queria que todos os meses TPM significasse Ttreinada Para Matar".
Nesse tempo, dá vontade de abrir o coração, de falar coisas, que talvez, não façam sentido algum.
Um cheiro aqui, um abraço ali...isso vai sustentando, por enquanto, esse período dificil, esses dias de picos  e poços, essa sençasão de carencia profunda, como se tivesse perdido o que pode existir de mais valioso na vida(e isso depende da vida de cada um). É só uma sençasão, consiente de que vai passar, não me apego aos dias, ou se me apego, canalizo para que desague em outro canto, e não desague em lágrimas(o que pode ocorrer frequentemente). São 127 dias. É um semestre. É um ano e 5 meses. São todas as etapas de um dia.
Dias de verdada, mentira, saudade, alegria, prazer, medo, ódio, decisão,choro, pavor, descobertas, orações, perdão, rancor, sorriso, amor. Resumindo, são dias humanos, nem mais nem menos que nenhum outro.
Quis escrever hoje, porque acordei te amando, com um "sentimento" como diz minha vó. Embora tenha relutado por escrever algo que exponha o meu amor. Em dias comuns, talvez não escrevesse. Talvez falasse sobre a primeira presidente do Brasil, ou sobre planos para dominar o mundo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Sobre estar trincado

Fez uma rachadura, trincou, está ali colado com alguma coisa viscosa.
Inflamado, se curando com analgésicos paleativos.
Esperando inutilmente que exista uma cola invisivel que tampe esse risco, que concerte essa falha.
Se não tenho uma borracha que apague os sentidos, que eu encontre nesse cérebro um meio de burlar a memória.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu não sei mais nada sobre o "antigamente", sobre 2000 e alguma data...
Acabei de ler muito do "antigo", ouvindo Camelo, e me deu uma saudade de mim...
De como eu era capaz de acreditar. Da doçura, do tempo gasto, da mente que corria a mil para externar todas as idéias, sentimentos. Do tato que queria sentir qualquer textura, do paladar que não se importava se a vodca tinha gosto de gasolina, das imagens que eu conseguia ver nas nuvens até mesmo quando não estavam no céu, das novidades sonoras, dos cheiros que ainda hoje são inconfundiveis...
Das cores, idioss..., veross... rs.
Esse foi um sorriso de liberdade, de livramento, de paz, de concentimento, de permissão.
De vá e de vou.
E mais do que nunca de vamos.
Eu nem achei que fosse ainda possível eu me sentir assim.
Obrigada por cada dia e cada noite.
Por acordar tarde, e por acordar cedo comigo.
Por me cuidar.
Por te cuidar.
Por cada piscar de olhos.
Por cada sorriso.
Por cada "besta".
Por cada.
Tenho um tanto de tudo para te dar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sobre o que eu nao conhecia

O cinza está vermelho,
O que era arredio, agora é manso,
O que eu via forte, imbatível ficou maleável,
O amargo que eu engolia, adocicou, agridocicou.
O vento frio ja não importa,
O sono interrompido não faz diferença.
O que era inimaginável, acontece.
Ja que existem coisas tuas, que só para mim são nuas.

"uma ansia vermelha, adoçada com mel de abelha, de uma doçura que chega ser cruel"

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mera distração.







Não acho o termo, a palavra ou a classe certa pra tudo que eu quero dizer, mas que não digo.
As vezes prefiro ficar calada, não saber.
Hoje, apenas não me interessa todo murmúrio, nem as preocupações sussurradas no alto da escada.
Hoje eu não me importo como vai ser amanhã.
Hoje eu não me preocupo.
Despretenciosamente doce e leve.
E tão bom, me veio assim suave.
Perto, presente. Uma vontade própria.

Um querer sutil, de mãos dadas, bobagens e sorrisos.
Uma saudadezinha escodida, bem recolhida para nao assustar.
Um colo com tantas intenções, tanto desejo que "arrepia o pelo da nuca".
Aumenta a batida, as sensações, a temperatura.
Colore, supreende, faz aparecer sem sequer eu perceber, aquele sorriso de canto de boca, as vezes uma gargalhada, ou uma cara de interrogação.
Honestamente,
hoje, pouco me importa tudo que há, houve e corre risco.
Hoje eu só sinto o seu cheiro, e só respiro o seu beijo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Valido até

Tanto tempo ai parado.
Sem nem sequer mostrar qualquer sopro de vida.
Ontem eu passei por um momento delicado, não arriscado, apenas delicado.
Operei o joelho direito, e na verdade nem sei dizer ao certo o que foi feito, mas acho que resolveu, esta doendo muito e o frio não esta ajudando.
Estou aqui na internet agora, conversando com uma amiga que me ligou a pouco tempo dizendo não estar muito bem.
A tarde foi agradável. Assisti o jogo abraçada a uma pessoa que tem me feito bem, e que estranhamente eu tenho me afeiçoado bastante. Até perigoso isso. Mas enfim, deixe acontecer o que tiver de ser. Eu vou vendo até onde posso ir, e pela primeira vez, eu entrei numa relação sem estar apaixonada, talvez assim eu tenha mais controle de situações que podem trazer sofrimento. Ou não. Não sei. Pelo menos eu penso com mais recionalidade. E o joelho dói. E eu estou de molho. De moletas. Com sono. Com medo. Com mais medo de gostar do que de qualquer outra coisa. De doar e mais uma vez, ver tudo se tornar tão pequeno e vazio. De aparecer outra pessoa, como sempre nos seriados da gente. E tudo vira de perna pro ar, e bagunça, tira as vontades, "gota a gota lagrimando o chão" e outra vez, tudo.Cansei desse misto de pega-pega esconde-esconde. Será impossível um pouco de paz ? Um colo sossegado e um mão que apenas afague. Um beijo macio e seguro, desses que a gente tem vontade de respirar a outra boca. Porque é tudo tão impossível ? Eu só queria felicidade a longo prazo.

domingo, 13 de junho de 2010

Outro

Acho que preciso criar um email profissional, mas não tenho pressa, eu não profissão mesmo.
Fica sendo a mesma "breninha19" até um dia !
Se você ri quando lê, pense em como é pra eu dizer !
Passou-se sim muito tempo. Muitas datas que realmente tinham outros tons antes.
Sobre o vestibular. É provavel que eu nao tenha te falado nada sobre fisioterapia. Porque não era uma coisa que eu ja pensava desde muito tempo atras. Aconteceu, eu fiz consciente e acho que vou gostar, e nesse tiroteio, eu tinha que acertar em algum lugar.
A duração é de 4 anos e meio, eu sei que passa rapido sim.
Sobre a negociação no trabalho, eu farei com muita delicadeza, mas se não acontecer, eu falto e ponto.
E realmente, não pelo que há de social nessa circunstancia, mas sim, por todas as outras coisas.
Como sempre, desde o principio vc faz eu me sentir lisonjeada. E agora mais uma vez.
Obrigada pela escolha, make me happy, my sunshine !!
Irei sim, linda !
Já faz tempo que eu vi que vc acabou com o orkut (o que eu ja quis tanto fazer). Mas a pouco tempo eu vi que o fotolog tbm acabou.
Tenho até escrito, mas sei que tudo perdeu qualidade, cor e densidade.
Sinto saudade. De tudo. Do mundo. De você. Das conversas, das sensações que me causava.
Mas cada momento a mais, parece tudo inrecuperável.
Sei que somos capazes de muito mais, mas não sei o que há em mim agora que coloca aquela placa invisível.
Um constrangimento, não de você óbvio, mas de mim. Do meu afastamento. Do meu desinteresse.
E não entendo como eu precisei de outra coisa. Nossas constancias sempre foram imbatíveis.
Enfim...não sei de você, do que tem feito além da monografia, onde tem ido, o que tem conversado, lido, ouvido...
Eu continuo ouvindo, lendo. Conversando pouco.
"You should be stronger then me" sempre me lembra você, tudo de Amy me lembra, mas essa musica ainda mais.
Sinto mesmo uma saudade incrível, doce, um vermelho telha.
Penso se não teríamos o que conversar, mas honestamente não acredito. Acho que penso isso para achar uma desculpa.
Se o "nosso tempo" passou, eu não lamento, porque foram muito bem vividos.
Se ele ainda existe, ou voltará, um salve.
Você é admirada e amada por mim. Sim, falaremos do afeto. Não sei, talvez só você desperte um afeto que não me desespera sempre.
Um amor que não me dilacera. Por isso ele ainda permanece.
Falei isso tudo, ou quase nada porque tive vontade. Não por nenhum outro motivo externo.
Acho que chegou a hora de conversarmos. Mesmo. Se você quiser.


"You should be stronger than me
But instead you're longer than frozen turkey "

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Receitas para um fim de mes !

Vamos lá.

É sexta feira, e fim de mes.
Vamos a Receita.

Macarrão ao alho e pimenta.


Cozinhe todo que houver dentro dos pacotes de macarrão abertos durante o mesmo.
É mesmo assim, sem medida, não se preocupem com isso. O bom cozinheiro faz no tato !
Macarrão cozido só em água e sal. Nada de óleo para nao engordurar a comida.
Enquanto o macarrão cozinha, pique a ultima metade de cebola que há dentro da geladeira, usaremos no molho.
Em seguida, procure alguma coisa para fazer um suco, acreditem, vai ser preciso.
Feito isso, vamos iniciar o molho.
Pegue o óleo que fritou o ovo ao meio dia, coloque numa panela com todos os condimentos que encontrar,pimenta do reino [(em maior quantidade)ja que ninguem aguenta comer mto, sempre sobra mais no fim do mes], açafrão, corante, sal. Mexa tudo até que fique laranjinha. Agora jogue o alho. Umas 3 colheres de alho, desses do atacadão. Pode misturar. Coloque uma colher de alguma coisa vermelha que tiver, cat chup, molho, extrato (se nao tiver nao tem problema) que é para dar uma aparecia saudável ao nosso prato. Para finalizar, jogue o macarrão e despeje aquela pimenta Gota na panela. Pimenta é muito importante, porque se anda tiver gosto, pelo menos um você sentirá.
Coloque num recipiente muito bonito e pode servir !!

OBS: a cebola que foi esquecida no molho, pode misturar com o macarrão ja pronto mesmo, bom que dará uma textura a massa !!
Coloque 18 gotas de adoçante num copo de 500ml e deguste o melhor do mes !!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

"Felicidade é um bem natural"

domingo, 23 de maio de 2010

Exista

Um ponto. De partida ou de chegada.
Não importa muito para que a gente coloca um ponto. O que importa é que depois dele aguma coisa muda.
Não sei se sinto o dia de hoje como um ponto. Mas acho que uma vírgula pode definir ese domingo.
Prestei vestibular. Não tenho idéia se vou passar. Mas a decisão de seguir foi muito importante.
Tem sobrado muita coisa nas minhas faltas.
Influencias. De fato, o homem é fruto do meio, como dizia a minha irmã qdo eu comecei a me maquiar.
Estava lendo o passado agora a pouco, e como as mudanças são nitidas.
Infelizmente, não percebi melhora. A não ser em conversas particulares.
É tudo como o inglês, uma questão de prática.
Não me senti segura com a redação que redigi hoje.
E não sei se uma boa escrita é questão de prática.
Quem me inspirava os melhores textos era a melhor pessoa, natural que isso tenha mudado, junto com a situação.
Não preciso de sensações novas (ou preciso), e nem consigo imaginar uma sensação nova, ja experimentei a morte, o amor, a dor, a solidão (de ser só dois também), a dívida. Sendo assim, preciso resgatar as essencias. Dos amores, das dores. Todos agora mortos ou adormecidos.
Acho que eu me sinto assim agora. Adormecida. Com algum formigamento que vem do passado. Dos meus fantasmas e das certezas passageiras.
Não acredito que o medo esteja infiltrado nos meus sentimentos, esses hoje sutis e leves. Sim, eu chorei. De amor. Fotos que estão perdendo as cores, cheiros que ainda aceleram o meu coração, palavras completamente perdidas no seu tempo. Ontem apagadas por falta de espaço.
Inventar inspiração já não tem mais o mesmo resultado.
São agora coisas pequenas que alfinetam o dia, coisa pouca, por assim dizer.
Não posso culpar ninguém além de mim. Não seria justo com os outros se fosse de outra forma.
Não sei se é racionalidade ou burrice. Ou sei e não quero admitir.
Me coloquei a disposição da paciencia.
Saudade. Quem não sente saudade de alguma coisa, de alguém, de alguma época.
Não sei porque eu sempre escuto a perguta idiota "saudade de que?"
Sim ! Saudade dela, saudade do abraço, saudade da casa, saudade das mãos mais finas, saudade deles, saudades suas, saudades nossa, saudades de mim. Tudo isso torna a pergunta completamente desnecessária.
"Meio alcool, meio água, meio gelo que ja derreteu"
Ainda existe sim o olhar, eu sei que existe.
Tango para os meus 25 anos.
Que eu sinta tudo por todos os tempos vividos.
Pra você, "saga" "crime passional" e ressaca".
Não sei dizer se in/felizmente, se lamento, se espero, se...
Mas eu ainda amo. Com cinzas e vento.
Exista. Nem que seja apenas acender todas as noites a inspiração do amor, em qualquer forma que ele se manifeste.

Saga


"Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar"


Crime Passional

"Na madrugada tem perfume e vela
Pra atrair alguém que vem e traz
Alguma coisa que em ti me falta
Uma atenção singela pra deixar a noite em paz
Se for pra me ferir com teu silêncio
Respondo teu vazio com a paixãoMe deu três beijos úmidos de lágrima
Selou meus olhos como um arrepio"


Ressaca

"Deixo a canção pro cigarro engasgar
E a minha lembrança estar
Deixo você pra quem quiser ser teu
Pra amantes desbotados que não ardem como eu
Pra que nunca esqueças
O que de mim restou
Vestido pelo chão
Tua ressaca tem o gosto da minha boca"

(Filipe Catto)

sábado, 22 de maio de 2010

Amnésia

Que noite excelente.
Tantas conversas, risos, lembranças.
Não exatamente uma noite nostágica. Uma noite de fatos.

O que houve antes, ja quase nem me lembro.
Lembro-me de decisões e saudades. Mas de um determinamento forçado e aceito.
Ainda estou tentando entender porque todos os pensamento pensados em serem escritos fogem. Vou tentar hoje, se vier algum desse, escrever imediatamente.
Agora tudo se disspou mesmo. Muita musica boa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Muita mistura

Quem, por algum momento, um segundo sequer esteve meio alguém...
Meio Clarisse, Meio Vinicius...
Foi a melhor forma que achei pra chegar perto de definir(mania de definição) o que vou escrever.
Eu não estou meio Cazuza hoje, eu apenas sinto que qualquer musica dele que eu cante hoje vai caber na minha vida inteira.
Ouvi muito hoje a noite.

"Pra que mentir, fingir que perdoou, tentar ficar amigos sem rancor/O seu amor é uma mentira, que a minha vaidade quer/você sempre volta com as mesmas notícias/já que eu não posso te levar, quero que você me leve/pequenas porções de ilusão/estamos meu bem, por um triz/vê se ao menos me engole, mas não me mastigue assim/e eu não sei em que hora dizer/vivo num clip sem nexo/quais são as cores e as coisas pra te prender?/seja pelo menos hunama..."

E deu uma nostalgia. "nostalgia das besteiras que fizemos ontem"
Dos anos que passaram.
Do solzinho as 7 da manha na garagem de uma casa que nem é mais minha, Com o casaquinho curto e os cabelos nas nuvens.
Do macarrão que ninguém mais sabe fazer igual, e só entre os primos existe essa saudade.
Da amarelinha pintada de verde.
De ficar com raiva porque tinha que ir na venda.
Do amargo suave de Vila Real de Santo Antonio, e do doce que de tão raro, era quase intragável.
Das saudades que eu deixei de sentir. De quem eu deixei de amar.
De quem eu deixei ir.
"o futuro foi agora, tudo é invenção"
De tantas ideias que eu tive durante o dia, nenhuma me saiu assim muito bem, ficaram dispersas, vagas.
Queria falar das pessoas. Dos sonhos. Das miragens. Dos planos sem futuro...
Trabalho.



Acho que sou muito poética, até para falar sobre vagabundas, sobre vadias que aparecem.
Dentre tantas, há duas. Na verdade, nem mereciam ser citadas aqui, mas é que elas fazem tanta coisa que eu queria só saber o que se passa no espaço vazio que fica entre os olhos e a nuca.
Rainhas da cocada preta. Melhores e mais bonitas. Bleh ! Me poupem. Nada sabem sobre nada, e nem sonham com quem estão mexendo.
Acho péssimo pessoas tão vazias me incomodarem tanto. Mas eu sinceramente já esou cansada de engolir e achar que é assim mesmo. É assim coisa nenhuma, ninguem pode ir entrando na sua vida, bagunçando, mandando, tomando o seu lugar.
Mas o que é isso ? Chega. Honestamente. CHEGA! Essas mulheres loucas. Burras.
Não me satifazem mais. Ainda bem. Eu nunca gostei de pouco mesmo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sobre o não.


Um dia como outro qualquer.
Entre risadas e suspiros.
E todos os milhões de pensamentos e sentimentos.
Desde aqueles que passaram tão rápido que nem a memória registrou aos que se emaranharam na rotinha e que de forma in/pertinente seguiram todas as horas do dia.
Desejos incontroláveis contidos com todas as pompas da sociedade.
Sobre conter tudo isso.
O toque que colore, que movimenta, que sopra e pulsiona.
O cheiro que faz salivar e pensar besteira.
A despedida que tem uma dorzinha fina, irritante e por fim triste.
Um misto de pessoa por dentro. Uma indecisão pelas coisas mais erradas e incertas.
Qual caminho errado eu quero tomar ?
Quantas pessoas olharam para o céu na mesma hora que eu ?
Mas quantas tiveram os mesmos olhos?
Quem viu a luz que piscava em cores diferente, e pensou que poderia ser o apcalipse? E se fosse, o que faria ?
Qual caminho eu faria para ir para casa ?
Quem eu ia querer abraçar primeiro, e quem eu ia querer acabar abraçada.
Divagações para me distrair do pensamento do dia.
Ligeiro e escorregadio. Que passa sempre sem que eu consiga segurar.
Que diz sempre o que eu não ouço.
Não sei porque tive tanta vontade de escrever hoje, tanta inspiração. Sim, inspiração, porque mesmo que todo o texto não faça jus, foi assim que me senti. Extremamente inspirada. Não sei, talvez exista alguma musa, ou algum sofrimento.
Não tenho quintal, nem cerveja, e nem posso fumar.
E mesmo assim senti que transbordava alguma coisa.
Um sorriso branco e o olhos, que definitivamente, são indescritíveis.
Eu adoro. Eu amo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Meu mundo está fechado pra visitação.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"O tanto de tudo que eu tô pra te dar."



"Eu caio na rede, não tem quem não caia"
Extasiante.
Inebriante.
Quase palpável.
É como sentir o cheiro do mar, e de olhos fechados enxergar toda a imensidão.

domingo, 4 de abril de 2010

"Como poderei ter medo, hein ? Se não terei coração"


O que aconteceu ? Eu leio, leio, leio...ja nem sei mais diferenciar o que era meu e o que é de outros. Um dia eu vou ter tudo outra vez ? Eu vou ser tudo outra vez ? Só eu acredito na singularidade dos amores ? Eu fico amarga com o rolar das paginas. Não que não queira a sua felicidade, mas também não queria o rosto virado.
Perspectivas que nem existem mais. Brincadeiras amorosas, distrações mornas só pra lembrar que eu sei sorrir, sei chorar. Interrogações infinitas dentro da caixa vazia. Decisões adiadas todos os dias. Providencias nunca tomadas. Sou eu quem não perco nada. Mas também não acho nada.
Queria que fosse mesmo assim: A partir de hoje, vai ser diferente!
Ja tem tanta coisa dependendo de mim. A minha vida inteira depende de mim. Meus dias, tardes e noites.
Meu amanha. Meu mes que vem. As vezes da uma vontade de fugir. De correr de tanta responsabilidade.
Ou de ter alguem que saiba onde esta meu sapato do trabalho, pq eu já estou atrasada e preocupada com o aluguel. Uma metade, nem metade. 1/3. Um alívio qualquer.
É saudade demais.
Solidão demais.
Contas demais.
Preocupações demais.
Defeitos demais.
Brincadeiras demais.
Amores banais.

"Como poderei ter medo, hein ? Se não terei coração"

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010








"Não quero ver  TV  dessa janela"

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Apenas o Fim



Sa - Fly me to the moon... diz (12:38):
 ohhhh
 so sweet
 to amando eles
.Be. diz (12:39):
 legal neh ?
Sa - Fly me to the moon... diz (12:39):
 vc devia parar de usar essas camisas do star wars e esses oculos do seu avô
 total
 foda
.Be. diz (12:41):
 é
Sa - Fly me to the moon... diz (12:42):
 o adnet tá tb
.Be. diz (12:42):
 é
Sa - Fly me to the moon... diz (12:42):
 quando e onde vai passar isso
 ai eu quero hj
 quero agora
.Be. diz (12:42):
 ja estreio, to esperando sair em dvd pra comprar
 estreou em junho
Sa - Fly me to the moon... diz (12:44):
 como assimmmmmmmmmmmm
 eu não vi nada sobre
.Be. diz (12:44):
 pois é-.
 nem eu vi
 elis que me mostrou e eu adooorei
Sa - Fly me to the moon... diz (12:45):
 gentye
 lindo
 meigo
.Be. diz (12:45):
 é leve.
Sa - Fly me to the moon... diz (12:45):
 sem essa coisa nojenta que a gente costuma ver
 sexo sexo
.Be. diz (12:45):
 é
Sa - Fly me to the moon... diz (12:45):
 ai to drogado
 sexo
 sexo
 vou te bater
 sexo
.Be. diz (12:45):
 kkkkkkkkkkk
Sa - Fly me to the moon... diz (12:45):
 eu odeio vc
 sexo
 sexo
Sa - Fly me to the moon... diz (12:46):
 porra nehum meu nome é ze pequeno caralho
 sexo
.Be. diz (12:46):
 capitão nescimento.
 sexo. ?
 kkkkkkkkkkkk
 vc é demais
Sa - Fly me to the moon... diz (12:47):
 bla bla
 sexo
 pow pow
 eh fudeu
 matou o cara
 sexo
 traição
 suruba
 sexo
 preconceito racial
 sexo
 ele é gay vamo botar fogo
 sexo
.Be. diz (12:47):
 man. i understand !!!
Sa - Fly me to the moon... diz (12:47):
 vamos postar essa conversa no blog?
.Be. diz (12:47):
 please. stoooop!!! kkkkkkkkkkkkkkk
.Be. diz (12:48):
 vamos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sobre Limitações.

Limites de locomoção.
Limites de comunicação.
Limites financeiros.
Limites físicos.

O que esses limites podem fazer com alguém. O que afeta ? O que distrai ?
Claro que eu nao cheguei no meu limite, óbvio, talvez nem esteja perto da loucura.
Fico andando na linha na linha ténue que separa a lucidez da insanidade. Mas faço isso com consciencia.
Estou apenas me provando.
Só que ao mesmo tempo, parece e é astuto demais dizer que faço isso por minha pura e maliciosa vontade.
É assumir que procura o sofrimento, que gosta e até o aumenta. O que sou eu afinal ?
Do que eu gosto afinal ? Nessas horas me dá um desespero de ser completamente responsável por tudo que acontece comigo. Por tudo que me circula. Ver a vida dando na cara, as pessoas dando na cara. É ninguem deixar vc fugir da realidade por apenas alguns segundos. Se isolar por um sonho.
Se isolar por opção. Quanta diferença do isolamento involuntário. O que tem me enlouquecido.

Uma situação delicada. Uma fobia desse enclausuramento, um medo de perder o que me tem sido bom, um desprezo por aqueles que sumiram. Um nojo daqueles que eu posso ver melhor. Uma saudade do meu eufemismo. Uma vontade de saber denovo quem eu sou. O que me afeta e o que me atrai.
Agora eu não quero mais estar andando na linha ténue. Não quero escolher um lado, nada de ficar brincando de lá e cá quando me convém. Não quero mais a linha, não quero essa divisão. Quero um misto. Quero que eu possa suportar. Respirar fundo. Fechar os olhos e imaginar sua cara. Porque nessa hora, tudo passa. E na hora anterior, eu so penso no que nao devo. Em besteiras, em passado e em algo que eu vou me arrepender.
É só achar um lugar seguro.
Liberdade.
Uma angústia que nunca acaba. Quem está preparado para isso? Quando ja não é mais novidade nem educação.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mula Manca.


Só daqui uns dias.
Só quando eu estiver legal.
Quando eu puder andar sem ajuda de nada.
Quando eu tiver juízo.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Das almas.


O tanto que eu esperei.
E a próxima vida que eu vou esperar.

sábado, 24 de outubro de 2009

Pra você guardei o amor.


A chuva lavou o sangue que ficou na calçada.
Lavou a alma descorpada.
Só nao lavou a minha memória ocular.
Não dissolveu a imagem.
Não levou a sensação.

E veio a nostalgia.
O querer do íntimo, os segredos.
O ver que tudo acaba tão rapido.
Pode não valer nada, e simplesmente ser tudo.
O tanto que ficou, o que não se sabe se virá.
A vulnerabilidade de uma motocicleta.
A fragilidade do corpo.
O choro engasgado, misturado com mais mil coisas entaladas.
Um oco.
Como se não tivesse orgão algum, e fosse aqui por dentro, o ateliê dos sentidos.
Um lugar pra transformar as sensações em sentimentos, os amores em tormentos, os olhares em prazer.
Um lugar perigoso. Que está como o céu. Fechado. Esperando para chover.
Chover dentro de mim.
Não é tristeza, é a imagem ocular.

sábado, 17 de outubro de 2009

Céu

Quanto da vida a gente perde num piscar de olhos?
Eu nao sei se perdemos o melhor, sei apenas que perdemos alguma coisa que aconteceu, e que não vamos mais ver.
Por vezes é melhor piscar. Acho que tem coisas que não devemos mesmo ver, nem saber. Não adianta querer abraçar o mundo inteiro, nem temos capacidade para tanto.
Falando do meu "bom texto", devolvo, a muito não leio uma boa coisa.
Onde está a inspiração que eu tinha quando era caderno, caneta e all star? Eu só nao tinha tempo.
Tenho um pouco mais de tempo hoje, mas não a mesma vontade.
Cada vez mais eu tenho visto as pessoas amarem, e se referenciarem. E amam muito. Consequencia? Sofrem muito. E tem "aquela pessoa". E alguém as puxa pelo pé e prende no chão, dizendo: "fica aqui, pise no meu chão e fique aqui."
Será que já é tempo de mudar a densidade ? Trabalho, dinheiro, falta de tempo, poucos amigos (quase nada), frieza e indiferença. São esses os requesitos de uma vida "madura", de uma pessoa "centrada" e cheia de "juízo". Falta apenas a pessoa que vai tentar preencher o vazio que ficou no coração, depois que tomamos consciencia que o amor da nossa vida não vai mais voltar, porque ainda mais triste, seria passar o resto da vida desacompanhado, já que a solidão está instalada no peito.
E assim, não poderemos nos queixar de infelicidade. Teremos trabalho, dinheiro, conforto, saúde e alguém que dedica seu amor, tempo e sorrisos. Ta pronta ai a receita da felicidade !!! Incolor. Insípida. Inodora. Completamente insossa. Transparente e morna. E não poderemos nos queixar.

E eu ? Eu quero sempre mais. Até quando eu nao tiver mais musica e poesia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Brilho Eterno

"Estou voltando pra casa"
Estou respirando meus ares, não que os atuais sejam outros, não mesmo. Me reconhecendo novamente. Retornando aos mortos.
Não digo que foi fase, que me desvirtuei.
Afinal, vem me dizer que não gosta de se complicar?
Reconheci filhos, amores e olhares. Sim, eu estou voltando.
Entenda apenas que não estou abandonando o que há.
Resgato, simplesmente. Me deixa fingir e rir.
Tudo se acenta, e a poeira volta pro mesmo lugar que estava antes. Mais densa, mais leve...nao importa, é poeira e está no móvel.
E hoje me deu uma saudade. De um uma eternidade que eu fui feliz, e que acabou. Não sei se posso dizer que só nesse tempo eu fui feliz. Mas posso dizer que foi quando eu fui mais feliz.
Não espero por sensação parecida no futuro. Acho que a velhice limita as expectativas e consequentemente a possibilidades de ser feliz.

Quero dedicar um pouco das palavras a voz que ecoou nos meus ouvidos nesses poucos dias passados. Uma voz alta, levemente irritante, vez em quando expelia desagradáveis palavras doces.
Eu só queria falar da cor e do tom da voz. A sua voz pelos meus ouvidos.
Já está na hora de voltar ao ativismo entre ideias de um mundo sem concerto. Do "seu madruga". Do que eu preciso, devo e quero ler. Da proxima coisa interrompida. Da eterna vida noturna acompanhado do humor da próxima manhã. Da saudade das histórias. Da realidade das ilusões. Do que eu não posso mudar. Da intensidade compreendida por tão poucos, que fica ainda mais intenso, quase indescritível. Das viagens mais divertidas. Das nossas filosofias. Dos conceitos de cores. Do que podemos, do que temos dominio. De saber que eu posso falar sobre tudo.
"Estou voltando pra casa outra vez"
Trago novas aquisições afetivas, volto com velhos costumes, cheiros e vontades.

"Estou voltando pra casa, de vez."

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre não sentir.

Eu só preciso nao me importar.
Não me importar, porque as fases são passageiras, porque os humores são passageiros, as brigas, os amores, as pessoas são passageiras.
Apenas aceitar essa condição.
Não tenho que me preocupar, e quem se preocupa ?
Até quando ?

domingo, 4 de outubro de 2009

Sobre ela.


Nada. Hoje é nada. Não temos mais como nos comunicar, e quando isso acontece é por puro interesse. Oportunismo. Não quero ser cruel nas minhas palavras. Não sei quando aconteceu. O que houve. Agora é só passado. è só lembrança, e um pouco do cheiro, que é o sentido que mais funcina em mim. Memória ofativa. Nunca erro. É a memória que faz o coração bater mais rápido, que procura a olhos ligeiros a direção do ar. Que se decepciona, ou estremece quando encontra o foco. Todos os cheiros estão gravado na minha pouca memória. É involuntário e incontrolável. Conheço o cheiro de cada um, com perfume ou sem.
"Subtamente, se esvai"
Todo mundo tem ? Se tem, todo mundo também é ? Não, não acredito. Como não acredito mais em N coisas. É tão dificil admitir quem somos mesmo. Porque todos nós sabemos. Mas admitir o quão podres podemos ser é um exercício penoso. O tanto de egoísmo que não sabemos mensurar (que no fundo sabemos), o muito de maldade, o bastante de interesse. Bom mesmo é ser adulto, é ser mãe, é ser quem eu via. Não sei se era bom pra ela, para mim parecia estranho, muito estranho. Hoje, eu entendo perfeitamente. Não só entendo, como respeito, e sinto que piso nas pegadas marcadas no chão. Quero mesmo, eu, me destacar na multidão ? Pensamos, e o quanto mais a gente pensa, mais sofre. Seria tão simples se eu não tivesse tido a vontade de conhecer, de abraçar e observar o mundo. Eu não quis. Não me arrependo, e aceito a condição. Eu gosto disso. E gosto muito.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sobre estar só.


Meu pés descalços queimam no asfalto.
E queimam sós, e velhos.
Eu imaginei que fosse, e na verdade até sabia que era, tirei o maior proveito que pude durante esse curto período de "nao sei o que", e mesmo, e ainda assim me entristeço e lamento o fim. Ou o "resfriamento" do que estava acontecendo.
Não minto, estava preparada, por isso admiti.
Me sinto assim denovo. Vejo o movimento, vejo o mundo voar ao meu lado, e eu fazendo um esforço surreal para consegui, lentamente tirar as minhas raízes do chão e me mover. Tentar acompanhar o ritmo. As pessoas se mexem, falam, brigam, riem. E eu. Eu nao me interesso por nada disso. Eu nao quero conversar, nao quero rir nem chorar. Mas me diz então, porque me incomoda ver as pessoas interagindo sem mim ?
Sonhei. Sonhei com isso que sonho todos os dias. Acordada. Dormindo. Trabalhando. Comendo. Lembrando.
Os pés estão sós, e todos muito atolados.
Eu também posso dizer o inverso. As pessoas estão atoladas, e eu levitando.
Mas qualquer uma das formar mostra bem que eu sou o vinagre balsamico num corpo de azeite. Uma gota separada e misturada.
Os pés, denovo. Gosto que eles fiquem velhos e remendados, com sola fina...Mas quem se importa..são sempre fases.
Fases

Sobre ser vermelho.



Tanto trabalho, tanto nada.
Muita coisa marinada, instintos completamente controlados (até quando?)
Assim como inútil e inevitável.
Despertar desejo e desejar.
Restistir até nao aguentar, por acreditar no que nao existe.


Sobre todas as coisas, acima de tudo.
Ser vermelho.
Terra, fogo, vento, água e coração.
Porque eu sou o Capitão Planeta.







insano
adj.
1. Louco, demente.
2. Ímprobo.
3. Excessivo.
4. Contínuo.


intenso
adj.
adj.
1. Que tem muita tensão.
2. Activo!Ativo.
3. Enérgico; veemente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobre o que não houve


Que menino lindo. Que momento limpo.
Uma dasa conversas mais gostosas, descompromissadas e leves que eu tive nos ultimos tempos. E nós, que somo pessoas tão intensas, lembramos o passado, o doce que nos mantinha juntos, a loucuras. Até analisamos nosso amor, nossa preocupação. Nosso elo.
Hoje andamos, mas não precisamos mais desse elo, não que ele nao seja importante. Não que perdemos o desejo. Apenas perdemos o elo. Cantamos, sorrimos e nos achamos lindos, como sempre. Estar leve assim, fora da minha rotina, cada vez mais densa, mais tensa. Nos olhamos com sorrisos incontidos, falamos horrores. Apenas nos olhamos. A protagonista da nossa conversa. Como ela nos faz falta, e faria dessa noite um novo ato. O segundo ato. O ultimo ato. Ouço Amy, e isso remete meus pensamentos. Como eu gostaria de escrever-la. Pensar se devo não é necessario, coisa que nao me incomoda é essa distancia, perai. Reescrevendo: coisa que não me inibe é essa distancia. Amo sim. E amo muito. de um jeito que eu nunca achei que ia amar qualquer pessoa. O tanto de tudo que vc me trazia, e o tanto de tudo que eu te dava. Porque eu sem você sou apenas eu.

e me da muita saudade, todos os dias.


He can only hold her for so long
The lights are on but no one's home
She is so vacant
Her soul is taken
He thinks 'what's she running from'
Now how can he have her heart
When it got stole
So he tries to pacify her
'Cuz what's inside her never dies
Even if she's content in his warmth
She is played with urgency
Searching kisses
The man she misses
The man that he longs to be
Now how can he have her heart
When it got stole
So he tries to pacify her
'Cuz what's inside her never dies

(Amy)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009



o mundo é muito mais água do que eu posso beber.

terça-feira, 22 de setembro de 2009




"Meu amor, minha flor, minha menina, solidão não se cura com aspirina."

Pequenenez




Vontade de ficar desse tamaninho outra vez.
Eu nao me preocupava, não era obrigada, não me importava, não "tinha que", meu maior desespero era ver que nao tinha mais iogurte pra mim, ou então ir na "venda" e não poder comprar bala pra mim.Eu não decepcionava ninguém e ninguém fazia isso comigo. Eu tinha que fazer poucas escolhas.
Hoje eu tenho a responsabilidade de escolher um passo, e não outro. De escolher parar um pouco. De assumir com toda e qualquer efeito colateral que minhas decisões tenham.
E não dá pra voltar. Não da pra ser quem eu era. No fundo, acho que um pouco, uma porção muito miudinha ainda vaga em mim, sem se encontrar no meio de tanta informação, no meio da cabeça que nao para de pensar, no meio do pesar pela vida. No meio do pesar da vida. E quanto mais passa, mais pesa. Mais densa eu me torno. Mais fria, mais descrente, menos intensa, menos voraz. Não da. Não da pra ser quem eu era um ano atras, imagina 20 anos atras. Estou cheia de marcas, umas que nem sei onde estão, outras que ainda doem todos os dias. Cheia de amor. Eu acho que até guardar o amor dói. Que nem com coisas. Com o tempo, tem que ir se desfazendo. Se não na sua casa não vai caber mais nada, vai dar mofo e traças. Eu fico guardanto, guardando....
Perdi completamente o sentido hoje.



"Desde o dia em que eu perdi minha mãe
Eu me perdi de mim também
Perdi no mundo o que era o mundo meu
- minha mãe
E eu não sei o que sou sem ela
Só sei que ela me deixou
Por que ela me deixou?
Por que ela me deixou?
Ela me deixou

Nesse dia, o dia em que eu perdi minha mãe
Eu me dei conta que eu estava só por minha conta
Mesmo tendo o meu pai, que eu amo
A minha conta não se fecha
Essa conta nunca mais fechou
Nunca mais fechou
Nunca mais fechou
Essa conta

Estou aqui, estou aqui, fiquei aqui
Você não está, você não está, não está mais
Eu quero te ver, quero te ver, para te ver
É preciso sonhar.
E a partir desse dia, desse dia em diante
Minha alegria se transformou
Minha família aumentou bastante
Sou pai de cinco filhos
Mas um filho-pai apenas, criança sou
Uma criança sou
Uma criança sou
Uma criança sou
Uma criança sou"

Nando Reis

domingo, 20 de setembro de 2009

Doce.


Busquei na minha pasta alguma coisa que me poupasse escrever.
Não achei.
Meu computador não apagou minhas meórias, meus textos da madrugada estão intactos, mas estão agora, incapazes de me ajudar. Nenhum deles serviu. Algumas partes, alguns pontos, virgulas e sentimentos. Mas eu tinha que fazer a mistura dessa noite. Na verdade, eu não sei se consigo ser sincera ao definir.
Eu sei. E também penso se eu quero mesmo mesmo dizer tudo isso.
Porque tudo é o contrário. O oposto. E agora, uns anos mais velha que uns anos atras (onde eu falaria tudo que eu pensasse sem medir tempo nem medo) tenho que pensar.
Eu só sinto um nó.
Tenho medo de ser feliz, porque isso significa esperar a tristeza.
Busco um refugio pensando que nao existe nada disso.
Todo o bom pra mim dura pouco. Então resolvi aceitar a condição de que nunca vou ser feliz, e que nunca eu vou sofrer como ja sofri. Estou morna. Isso é chato, mas também ja me tirou muita essencia essas coisas intensas demais, profanas demais, loucas demais.
O dia hoje tava lindo, a noite incrível, mas essa alteração hormonal fode com tudo.
Bem vinda de novo a vida real, dos dias trabalhados e das noites dormidas.

Sobre o cheiro da voz.

segunda-feira, 20 de julho de 2009




Aqui novamente.
Numa madrugada fresca, quase fria.
Adoro esse vento noturno que uiva na minha janela.
Adoro esse vento que nos corta a alma. Um vento que entra pelos ouvidos e estremece o corpo inteniro. Que arrepia os cabelos e a gente fecha os olhos pra sentir.
Eu até poderia cantar Cazuza, "solidão a dois de dia, faz calor depois faz friu..."
Na verdade eu posso, pensando bem, estou sempre em dupla, em par, em casal, em dois. Porque estou sempre em um.
Inacreditável como são as pessoas, como são as mulheres. Conviver com elas é muito, muito complicado, é delicado demais. É preciso muita sutileza, é preciso misturar o gentil com o imponente. É ter voz mansa, e sentir muito mais que isso. É segurar. Cobrar. Fechar os olhos, baixar a cabeça e levar nas orelhas. É se encantar pelo impossivel. Administrar todo o elenco. Trazer dinheiro. Mandar dinheiro. Promover. Reaver. Tem marimbonodos na estrada. Tem um freio na volta. E tudo me preocupa.
Mas o que mais me incomoda é a vontade (essa que nao vai embora) de estar perto. De tudo. É o sonho e o real. É o abrir e fechar dos olhos. É ficar babaca e não poder. Não poder. "Ter que" e "não ter que". Manter a linha. Estar em linha. E fazer com que todos andem pelo mesmo caminho que eu. É não pensar. Depois de não conseguir, é tentar esquecer. É sentir que de tão doce, amarga a solidão. Sorrateira. Ludibria, ilude, engana. Faz-te acreditar em coisas que não são reais. É a melhor das drogas, é lícita e não há quem não precise dos seus efeitos. Solidão vicia. E é fundamental lembrar que solidão é muito diferente de estar só. "Sobre estar só, eu sei..." Há quem seja assim, eu sei. Eu sou. Nasci assim. As vezes gosto de estar sem a presença de qualquer que seja. Mesmo porque ela sempre me acompanha. E não precisa ser diferente. Eu nao sou menos feliz por ser assim. Eu convivo bem com pessoas, e convivo bem sem elas. Só não me negue quando eu quero. Não me convem unir solidão com a falta de vontade de estar só. E eu só quero o que me convém.

domingo, 28 de junho de 2009




Ela seguia aquela estrada cegamente. Corria feliz, rindo e brincando.
O sol aquecia sua pele e a luz era tão forte que chegava a irritar.
Ao anoitecer, tinha a compania de amigos que riam do balanço das ondas e adormeciam embalados pelo som do céu, que por vezes era negro, por vezes era rosa.
Mas ela queria mais, queria que a estradasse se alongasse por um caminho que os conduzisse ao completo desconhecido. Mas todos os dias e noites eram repetidos, reprizados. Quase copiados.
Ela, então, farta e ansiosa passou a dormir mal. Sonhar demais. Sonhar demais e com muita gente. Sonhos cansativos, sonhos tumultuoso.
E ela ficou estranha.
Ela podia propor para os amigos uma coisa nova, um atalho, ou um desvio.
Não fez. Se sentiu só no meio de todos eles. E ela já não tinha certeza de quem era amiga, e quem era amiga sua.
Ela se sentiu só.