domingo, 28 de junho de 2009




Ela seguia aquela estrada cegamente. Corria feliz, rindo e brincando.
O sol aquecia sua pele e a luz era tão forte que chegava a irritar.
Ao anoitecer, tinha a compania de amigos que riam do balanço das ondas e adormeciam embalados pelo som do céu, que por vezes era negro, por vezes era rosa.
Mas ela queria mais, queria que a estradasse se alongasse por um caminho que os conduzisse ao completo desconhecido. Mas todos os dias e noites eram repetidos, reprizados. Quase copiados.
Ela, então, farta e ansiosa passou a dormir mal. Sonhar demais. Sonhar demais e com muita gente. Sonhos cansativos, sonhos tumultuoso.
E ela ficou estranha.
Ela podia propor para os amigos uma coisa nova, um atalho, ou um desvio.
Não fez. Se sentiu só no meio de todos eles. E ela já não tinha certeza de quem era amiga, e quem era amiga sua.
Ela se sentiu só.

1 comentário:

Sabrina Avila disse...

Solidão... Quem pode se livrar desse inimigo invisível? Nem sabemos ao certo se queremos de fato ser apartados dela. Sabia que quanto maior for o grau de compreensão e instrução intelectual maior também é o sofrimento? Solidão as vezes é mais companhia que aquelas amizades que ficam no passado, de baixo do céu que ora é cinza ora é rosa. Acho que o que nos deixa um pouco saudosistas é a pergunta que fica, "por quê as coisas boas mudam?" As vezes continuam as mesmas, nós é que mudamos e deixamos de caber onde antes cabíamos. Good girl!!!