domingo, 1 de julho de 2012


"help, i need somebody...."
Poucos dias atras, acabei um relacionamento de longa data.Por vezes foi doentio, foi um vício mas também não posso negar o bem que me fez, os laços que eu fiz atravéz dele, dos amigos que ficaram, das pessoas que eu descobri.Depois do rompimento, tenho me portado de forma natural, não o procuro mais, nem para uma simples informação, de forma lenta vou me desintoxicando, livre de tudo que não me interessa, das coisas que não me importam, mas que como em qualquer relacionamento, acabamos ficando ligada aos interesses alheios.Me sinto bem, não estou "amputada", nem sangrando. Isso não é resultado de uma falta de amor, é resultado do meu esforço em me manter ocupada. Em procurar os que a muito se foram, em me desvincular do que me ligava a ele, e como eu o fiz o meu mundo, pensei de ser torturante. Está sendo leve, excluindo os momentos, os lapsos de insanidade, mas esses tem durado muito pouco.Eu rompi, cortei, ignorei. Aniquilei a minha relação com ele, com o Facebook.Meu único vínculo virtual agora é apenas informativo e poético.Aos mais chegados, o recurso do celular é o bastante.Assim, livre da vida alheia, e livrando a minha dos olhares, me sinto caindo docemente no esquecimento da massa, para ser tão mais viva nos olhos dos meu reais.Para conversas intimistas, até a madrugada, num quarto acolhedor.Para vê-la comemorar cada bola derrubada na caçapa.Para reclamar do frio que faz na rua.Para, num dia de sol ir até a UESB, pensando em quantas fotos eu poderia tirar.Para tirar e por os óculos de sol, só pra sacar como fica diferente a cor do céu.Para marcar encontros, e ir a eles.Para me ater às pessoas, e não a imagem que eu crio lendo elas se auto descreverem.Hoje eu prefiro vozes, cheiros, textura, gostos. E aos que possam imaginar que isso tudo não passa de solidão, de "oquidão", não é!É doçura em estar consigo mesmo. É ternura por si só. E é bom.Eu não nego a necessidade, inclusive fisiológica, de um outro exemplar da minha espécie, mas é preciso estar preparada para "se receber" e me parece mais correto e justo "se experimentar", sem fazer de ninguém um erro, sem tornar o outro, mais um engano. Posso não estar certa, como em outros momentos eu não estive, no entanto, eu ando dispensando previsões.Sem mais.

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